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«(…) Numa sociedade predominantemente impessoal, há uma maior vontade de intimidade com um outro, de uma relação que não se baseie nas condições externas da vida económica e social, mas que seja válida por si só, pela satisfação emocional que traz a cada um dos indivíduos. Sem apoios externos, a estabilidade tem de ser mantida através de recursos pessoais. (…) (Luhmann, 1991; Giddens, 2001).» |
«Se a estabilidade emocional e mental dos indivíduos depende do apoio próximo dos outros, o amor ganha um novo significado no centro da vida de cada um: quanto mais pontos de referência se perdem, mais se espera de quem se ama que corresponda às esperanças de cada um, ao seu desejo de segurança (...) quanto mais depressa parece desaparecer no ar, despojado de quaisquer laços sociais, mais carregado de esperanças é o amor (Beck e Beck-Gersheim 1995).»
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Citações:
Rute Mota (2005), Amor Nosso, de Cada Um de Nós — Quem Procura Quem On-Line?. Tese de licenciatura em Sociologia. Inédito.
Referências:
Beck, Ulrich e Beck-Gerhnsheim (1995), The Normal Chaos of Love, Cambridge: Polity Press.
Giddens, Anthony (2001), Modernidade e Identidade Pessoal, Oeiras: Celta Editora.
Luhmann, Niklas (1991), O Amor como Paixão -- Para a Codificação da Intimidade, Lisboa: Difel.