A: IBN ZAYDUN, DE CÓRDOVA, 1003-1071
se um dia,
sobre a tua mão,
se pousar um pássaro
ou um eco de mim se ouvir no teu peito;
se um dia,
numa janela,
passearem por perto esses olhos que eu não vejo
pede para te pouparem
as guerras da minha paz
ou as tréguas que foram esquecidas.
E faz com que o sol
não abrase a tua vida
sob as cinzas do meu perdão
se um dia,
sobre a tua mão,
se pousar um pássaro
ou um voo de mim ecoar no teu peito.
R. Lino, 1988, Daquira, Frenesi.