Chega sempre um momento
em que há que descansar dos homens,
como a rosa do jardineiro
ou o jardim da rosa.
Como a água descansa da água
ou o céu do céu.
Como um sapato descansa do seu pé
ou um salvador da sua cruz.
Como um criador descansa da sua criação
ou a criação do seu criador.
Roberto Juarroz, Poesia Vertical, Campo das Letras, 1998. Antologia, tradução e notas de Arnaldo Saraiva.