«You obviously need a best friend to whom you could trust your every secret without fearing someone else will hear it. Someone that will always be there for you, help you and with who you will never be bored.»
Bonito, não é? Não.
Para além dos advérbios obviously (eu sei que nem sempre sou uma pessoa fácil e que não tenho muito jeito para estas coisas dos afectos e os outros nem sempre são uma grande ajuda, mas é assim tão óbvio?) e always (ah, pois, era bom, era), há o requinte da expressão final with who you will never be bored e é aqui que eu dou a mão à palmatória: alguém com quem nunca me aborrecesse. Acontece que esta é uma expressão muito próxima do meu ideal: alguém com quem eu não me cansasse de me cansar.
Porque o cansaço é inevitável; porque dar e receber cansa; porque rir e chorar cansa; porque falar e ouvir-te cansa; porque abraçar-te ou guardar o abraço para ti no cruzamento nos meus braços cansa. E a única maneira de superar esse cansaço é cansar-me mais. Contigo.
Isto parece um post do género confessional? Paciência. O resultado do teste deve estar correcto.
* The Curious Case of Benjamin Button, David Fincher, 2009.